sábado, 11 de fevereiro de 2017

O Sermão da Montanha, a (in)capacidade de se mudar e a esperança como felicidade

O Evangelho da semana passada foi o Sermão da Montanha (Mateus, 5). Gosto especialmente desse trecho desde o curso de 1ª Comunhão, talvez pela estrutura lógica agradável à minha mente matemática: se fizer isso, então terá aquilo, se for pobre de espírito, então terás o Reino dos Céus, e assim por diante.

Existe um versículo nesse trecho que sempre me cutuca: os “mansos” herdarão a terra. Nunca me reconheço nele, e não evoluo de ano pra ano. É sempre um convite a esse difícil desafio.


Mas venho escrever sobre esse assunto por um outro motivo. Ouvi uma homilia que abre toda uma nova dimensão para esse Sermão. Jesus nos promete a felicidade, mas não nessa vida. Todos os “se’s” são dessa vida, todos os “então’s” são celestes. Uma conclusão possível seria desanimadora: ‘esquece!, nessa vida não haverá felicidades como no Céu!; desencana!’. Mas não. No tumulto da vida terrena, a promessa de felicidade celeste já nos enche de esperança. No exato momento em que o sujeito se recobre de esperança, ele já começou a ser feliz. A esperança é o aperitivo necessário para o banquete da felicidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário