terça-feira, 14 de setembro de 2010

O controle e o acaso

Tirei essa última semana para mergulhar... Atividade que cansa o corpo e descansa a mente. Gosto muito.

Fiz um dos mais famosos (e bonitos) mergulhos no Brasil: um naufrágio a 60 metros de profundidade. É quase uma operação de 'guerra': sem caipirinha, comidas fortes e pimenta na noite anterior, cama mais cedo, grupo pequeno com 2 instrutores e 2 safety divers, stages com 50% de oxigênio na parada de descompressão,...
Senti minha primeira narcose: uma sensação estranha causada (?) pela pressão do nitrogênio a partir de determinadas profundidades. Comparam a uma sensação de bebedeira, sem dor de cabeça e sem ressaca. Achei a comparação com o gás do riso (usado em dentistas) mais apropriada: 'Is that real life?'...
A sensação é bizarra porque, de fato, parece que perdemos o controle. (Acho que terapeutas iriam à loucura se soubessem o que seus pacientes pensam e sentem nessa hora... hehe)
Toda essa situação 'limítrofe' e tudo correu muito bem, perfeito! Um naufrágio e um mergulho do cacete!!!

Num outro dia, mergulhinho bobo num mar mais mexido, fiquei mareado e deitei num canto do barco. O instrutor (!!!) esqueceu de prender seu cilindro duplo e o equipamento caiu no chão a 2 cm da minha cabeça!! Se eu estivesse deitado 10 cm pro lado, a essa altura, estaria conversando com meus avôs em algum outro lugar...

E ainda tem gente que acha que temos o controle e não somos governados pelo ACASO... hehe

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