sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um livro não lido...

Dizem que a melhor maneira de fazer seu filho ler é lendo bastante. (Meio óbvio, né...)
Confesso que não tenho uma forte recordação de minha família leitora na infância. A primeira 'estante para livros' na casa dos meus pais chegou quando meus irmãos e eu já éramos adolescentes. É verdade também que peguei um certo trauma ao ler 'Senhora', 'Amor de Perdição', 'Primo Basílio' (embora hoje, lembro dos enredos e me parecem legais). Muito metódico, eu anotava quantas páginas tinha que 'vencer' por dia para dar tempo de ler tudo antes da prova. Eram raros os livros que lia com prazer. Lembro de 'Escaravelho do Diabo' e um outro de uma turma que tinha uns códigos, cujo nome me foge. Clássicos, li com prazer 'Cortiço', 'Macunaima' e mais uns 2 ou 3.
Mas, sei lá o porquê, em um dado momento, minha mãe começou a ler por hobby mais frequentemente. Meu irmão também. E a febre pegou lá em casa. Dar livros de presente virou moda (tivemos que nos controlar). Desde então, fico puto quando vou a um médico e esqueço um livro para sala de espera. No metrô, na época da pós, a mesma coisa...
Aliás, parêntesis. Outro dia tive um evento na GV e, no metrô, vi MUITA gente lendo seu livrinho. Fiquei orgulhoso; foi um pouquinho de esperança na minha ranzinzice com o país.
Entrar na livrariacultura.com.br, na submarino.com.br,... é um prazer. De vez em quando, alguns amigos e eu nos juntamos para comprar da Amazon e economizar no frete...
Hoje, uma das partes da minha casa de que mais gosto é a minha - já bem respeitável - biblioteca.
Em época de amigos secretos, a lista de livros pendentes aumenta. Às vezes, até me sinto pressionado: o ritmo de entrada é muito maior que o de saída. Mas me conforto quando lembro de uma frase de um livro do Taleb:
'Um livro não lido é muito mais valioso que um lido'.

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